4 de jul. de 2010

Férias interrompidas !

Enfim tinha chegado o grande dia. O sol cintilava alegremente no céu, e até o cantar dos passaros eu podia ouvir, minha anciedade me consumia. Eu adorava ir visitar minha vó na cidadezinha onde ela morava, porém só podia ir nas férias por ser um pouco longe da minha cidade. Me lembro ainda de quando eu era criança, quando eu corria pelos campos da fazenda, me sentia livre, leve, possuida por uma paz interior tão grande.
Minhas malas já estavam arrumadas a semanas, só esperando o momento pra viajar.Enquanto eu termiava de arrumar o cabelo minha mãe me gritou, dizendo pra andar rápido que já estavamos atrasadas. Desci as escadas a mil por hora felissisima .
A viagem não demorou, quando chegamos na porteira da fazenda eu já podia sentir a brisa suave que vinha da cachoeira que ficava a alguns metros dali. Era tão bom retornar aquele lugar, minha vó nos esperava na soleira da porta. Era uma idosa bem tradicional, que fazia tricô nas horas vagas, ela sempre demonstrou adorar as nossas visitas. Eu iria ficar um mês naquele paraíso, tinha mil e um planos para esses trinta dias.
Desci do carro correndo e dei um longo abraço na velinha carrismatica. Ela retribui dando-me um beijo na testa, sua marca registrada.
Meu quarto continuava identico, uma cama de madeira no canto esquerdo, uma comoda pintada de branco, algumas prateleiras com bonecas velhas, na janela uma cortina bege com coraçõeszinhos brancos, tudo estava como a um ano atrás. Não demorei até me adaptar novamente em meus aposentos. Mas eu ainda tinha muito o que fazer naquela fazenda, a primeira coisa em que pensei foi em dar um passeio no campo. Foi exatamente o que eu fiz.
Era tudo tão lindo, os pássaros cantavam em um coro uníssono, dava pra ver o horizonte além do campo de trigo que ainda não havia florido, o ar era leve, a brisa tocava minha pele como algodão macio. Eu estava hipinotizada por aquele lugar, não queria mais sair dali. Corria feito criança, brincava, pulava, na verdade eu ainda era uma criança naquela paisagem.
Nesse istante de felicidade eu ouvi minha mãe me gritar, eram gritos de desespero, corri com todas as forças que eu tinha. Ainda não sabia o que tinha acontecido, no entanto as lagrimas já corriam pelo meu rosto.
Quando cheguei minha mãe estava agachada segurando a cabeça de minha vó que repousava em seu colo, ela em prantos me pediu que ligasse pra emergência, minha vó acabara de ter um ataque do coração, eu tremia e chorava tanto que mal consegui digitar o numero, alguns minutos apos a ambulância chegou, mas já era tarde, ela havia morrido. Um ataque fuminate tirara uma das pessoas mais importantes da minha vida.
Minhas férias haviam acabado ali, naquele momento, eu não conseguiria aproveitar, talvez nunca mais voltasse naquela fazenda, a pessoa que fazia aquele lugar mais bonito nunca mais sorriria pra mim.
Numa viagem silenciosa e melancólica voltamos pra casa. Nunca mais voltei na fazenda, sabia que não conseguiria respirar aquele ar, sempre lembrarei com saudades, e alegria da velhinha cativante que sempre me esperou de braços abertos na sua cadeira de balanço, fazendo uma linda blusa de tricô.

5 comentários:

Chris disse...

MAravilhoso esse conto!!!!

Milla Vieira disse...

oount *-----*
quee bom que voc gostoou .
continua visitando !

Vida e arte disse...

Linda história e muito bem escrita, Parabéns pelo pódio.
Beijos

Milla Vieira disse...

Obrigado Renee !

Anônimo disse...

que lindo esse seu blog amei a por favor quando puder visita u meu blog http://www.tbconect.blogspot.com/

Postar um comentário